Sirlei Aparecida Ferreira

31 anos
Cortadora
Dok

Há seis meses na empresa Dok, Sirlei Aparecida Ferreira, 31 anos, é a única mulher na função de cortadora, além dela, são oito homens no setor. Ela já trabalhou em outra empresa durante seis anos na mesma ocupação e conta como tudo começou. “No início busquei o cargo por necessidade, pois, precisava de uma renda maior; hoje estou nele porque gosto. Muitos homens falavam que mulher não era capaz. Hoje eles veem que somos capazes e que podemos fazer até melhor, embora muitos não assumam”, revela.

No dia a dia, ela usa força física a todo momento, porque é preciso pegar materiais de um setor a outro a cada nova ficha de produto, colocar facas de corte para cada modelo, além do próprio corte.  “Amo o que faço e gosto muito de trabalhar, porque tem bastante atividade nessa função. Além disso, é o início do processo de produção do calçado”, diz. Para ela, a questão estética e o fato de ser mulher ainda é motivo de comentários preconceituosos. “Tem gente que fala com preconceito, ‘mas é bonitinha e trabalha no meio de homens por que?’ como se isso fosse empecilho, como se não eu não pudesse trabalhar num lugar assim”, conta. Mas, ela se demonstra firme em seus propósitos. “Independente da dificuldade nunca desista. Com muita força e determinação a gente chega no objetivo”.