Joselaine Souza Pinto, 29 anos, é auxiliar de supervisor na produção da empresa Kidy. Trabalha Para a marca há 12 anos, começou como desmembradeira, que é a profissional que monta kits para mandar para os terceirizados, também já passou pelo cargo de coringa. Há cinco anos atua na liderança como auxiliar de supervisor, substituindo-o quando necessário, fica responsável pelo setor, marca a produção e encaminha os relatórios do dia.
Em sua opinião o maior desafio da liderança é lidar com as pessoas. “Cada dia elas estão de um jeito, às vezes tem um problema pessoal, traz para o serviço, aí não dá produção. Algumas pessoas são mais fechadas e não falam o que está acontecendo. Mas, eu sou a mais velha aqui no setor, então já conheço o pessoal pela convivência”, disse Joselaine.
Segundo ela, para superar as adversidades, próprias do cargo, sempre participa de cursos, sejam promovidos pela própria Kidy ou por outras empresas. Uma vez por mês passa por treinamento com um gerente. Quando os cursos são externos, a empresa incentiva e subsidia parte do investimento, como por exemplo um treinamento específico de liderança, desenvolvido pela Universidade Corporativa do Sinbi (Unisinbi), em que ela participou com um grupo de profissionais da empresa, no último ano.
Se considera exigente e está à frente de uma equipe de 34 pessoas, composta em sua maioria por homens. Às vezes enfrenta o preconceito de alguns acharem que mulher é inferior a eles. Por exemplo, já houve ocasiões em que ao ser defendida ou elogiada por um bom trabalho, ouviu de outros homens que isso só aconteceu porque ela é mulher, por isso protegida.
Para as mulheres que também querem assumir um cargo de liderança, ela deixa seu recado: “Não desista, às vezes eu pensei em desistir, mas não parei, sempre busquei algo a mais em minha vida. A gente tem que lutar, quando se tem um objetivo, segue em frente e sempre pensando em melhorar e buscando conhecimentos”.
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