Débora Cátia Vieira

28 anos
operadora de injetora
Klin

Pegar no pesado não foi obstáculo para Débora Cátia Vieira, 28 anos, encarar o desafio de trabalhar na função de operadora de injetora. A mãe de dois filhos que está na Klin há sete anos, conta que começou a trajetória na empresa para trabalhar no setor de aviamentos, atuou operando o balancinho, um tipo de máquina de corte, e há cinco anos está como operadora de injetora. “Antigamente era um cargo em que só trabalhavam homens, hoje também tem bastante mulher. No início a gente assusta, porque vê a máquina e pensa: meu Deus, como mexe nela? Hoje muita coisa está facilitada, antes exigia muito esforço físico, era tudo no braço e pesado. Agora não é mais assim, porque a máquina tem um sistema pneumático, com isso a matriz, que antes era pesada, flutua e reduz o peso”, explica Débora.

Quando ela começou na função e precisava de auxílio, geralmente, os homens reforçavam a ideia de que ela tinha que se virar. Muitas vezes ouvia frases como: “Você não quis trabalhar aí e não ganha a mesma coisa que eu?”. Apesar do tom de ironia dos companheiros de trabalho, eles acabavam auxiliando no aprendizado. Hoje é ela quem treina os novatos no mesmo tipo de injetora que ela opera.

“Quando disse em casa que ia trabalhar na função disseram que eu não ia aguentar,  não davam dois meses. E eu disse que conseguiria, que tinha força de vontade e ficaria. Eu gosto muito do meu trabalho, é satisfatório ter aquele espaço e conseguir fazer as solas”, compartilha.

Para as mulheres que atravessam momentos desafiadores, ela deixa seu recado. “A gente tem que ter fé e acreditar que podemos! Com força de vontade, segue em frente que você vai chegar no seu objetivo.”